Desenhos

29.6.07



Certa vez houve um homem Comum,
como um homem qualquer
Jogou pelada descalço,
cresceu e formou-se em ter fé
Mas nele havia algo estranho,
lembrava ter vivido outra vez
Em outros mundos distantes,
e assim acreditando se fez
E acreditando em si mesmo
Tornou-se o mais sabio entre os seus,
E o povo pedindo milagres, chamava este homem de Deus
Ah! quantas ilusões
Nas luzes do arrebol
Quantos segredos terá?
E enquanto ele trabalhava, na sua tarefa escolhida
A multidão se aglomerava perguntando os segredos da vida
E ele falou simplesmente: destino é a gente que faz
Quem faz o destino é a gente, na mente de quem for capaz
E vendo o povo confuso, que terrível cada vez mais lhe seguiam
Fugiu para a floresta sozinho, para Deus perguntar para onde ia.
Mas foi sua própria voz que falou, seja feita a tua vontade
Siga seu próprio caminho, para ser feliz de verdade
E aquela voz foi ouvida por sobre morros e vales
Ante ao Messias de fato, que jamais quis ser adorado.


Raul Seixas

13.6.07